Nesse vídeo mostramos, com base na publicação essencial de Deng, de 2013, porque a bobina duplo cone pode ser usada para as mesmas aplicações em que se usa bobina com formato em figura-de-oito.
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Com diferentes dimensões e formatos de bobina, temos que fazer escolha entre maior focalidade ou maior profundidade. Não é possível estimular profundamente e focalmente. Para alcançar um pequeno volume de estruturas mais profundas, é necessário aumentar em muito o volume de estruturas superficiais estimuladas. Mais correto do que classificar estimulação magnética em "superficial" versus "profunda", é classificar estimulação magnética em focal versus não-focal. A chamada "estimulação profunda" seria melhor chamada de "estimulação de enorme área superficial e pequena área profunda"
O formato de bobina em duplo-cone é um subtipo do formato em figura-de-oito em que, ao invés de dois círculos no mesmo plano, estes encontram-se angulados em uma curvatura que segue aproximadamente a curvatura do crânio. Esse tipo de construção é o que dá maior equilíbrio à relação entre profundidade e focalidade, ou seja, o que permite a queda menos acentuada da focalidade ao se aumentar as dimensões da bobina considerando a aplicação transcraniana no córtex humano.
Nas intensidades de campo até 20% acima do limiar motor com uma bobina em figura-de-oito ou duplo-cone, pode-se estimar que a maior parte do alvo da estimulação corresponde a um giro cortical. Com uma bobina circular pode-se estimar que giros adjacentes tem também estimulação significativa.
Referências:
1. Deng ZD, Lisanby SH, Peterchev AV. Electric field depth-focality tradeoff in transcranial magnetic stimulation: simulation comparison of 50 coil designs. Brain Stimul. 2013 Jan;6(1):1-13. doi: 10.1016/j.brs.2012.02.005. Epub 2012 Mar 21. PMID: 22483681; PMCID: PMC3568257.
2. Link para página FDA em que se reconhece equivalência entre bobina em duplo cone e bobina aprovada para tratamento de transtorno obsessivo compulsivo. Clique aqui
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