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Foto do escritorMaria Eduarda Aidar Santillo

Potencial Evocado Miogênico Vestibular (VEMP)

Atualizado: 17 de out. de 2023

O Potencial Evocado Miogênico (VEMP) é um exame utilizado na análise clínica para avaliar as funções do ouvido interno e do sistema vestibular. Existem dois tipos principais de VEMP: o potencial evocado miogênico cervical (cVEMP) e o potencial evocado miogênico ocular (oVEMP). Ambos são ferramentas importantes no diagnóstico de distúrbios vestibulares, especificamente da mácula sacular e utricular, nervo vestibular inferior e superior, núcleos e vias vestibulares.

Potencial Evocado Miogênico Vestibular

O cVEMP é geralmente utilizado para avaliar o funcionamento dos músculos do pescoço a partir da indução do músculo Esternocleidomastóideo, é um potencial eletromiográfico que estimula as células auditivas remanescentes no SÁCULO.

No VEMP Cervical é possível identificar dois complexos, um pico POSITIVO (P1 ou P13) com uma latência próxima a 13 milissegundos (ms), seguido por um pico NEGATIVO (N2 ou N23) com latência média em 23ms.



Enquanto o oVEMP é mais utilizado para avaliar os músculos que controlam o movimento dos olhos, também é um potencial eletromiográfico, porém, do músculo oblíquo inferior e reto inferior durante o estímulo do UTRÍCULO.

Apresenta também dois complexos, porém, o primeiro pico NEGATIVO (N1 ou N10) com latência média em 10ms, seguido de um pico positivo ( P1 ou P15), com latência média em 15ms.


Ambos fornecem informações valiosas sobre a integridade do sistema vestibular e auxiliam no diagnóstico de diversas condições, como a doença de Menière, labirintite, neurite vestibular, Síndrome da Deiscência do Canal Semicircular Superior (SDCSS), mas em sua grande maioria são utilizados como exames complementares.


Pesquisando o Limiar no VEMP


A pesquisa de limiar eletrofisiológico do VEMP é de extrema importância para validar estes exames complementares. Este estudo se dará a partir do aparecimento da resposta na menor intensidade sonora estimulada.


De acordo com alguns estudiosos, o método mais consistente é iniciar os testes com estímulo Tone Burst de 500Hz e com intensidades superiores a 95dB NAn. O declive para a pesquisa de limiar pode ser feito a cada 10dB, até que os complexos P13-N23 e/ou N10-P15 não sejam mais identificados.


Técnica de Exame


Durante o exame de VEMP, o paciente é submetido a estímulos sonoros de alta intensidade. É importante antes do posicionamento dos eletrodos que seja feita a preparação da pele do paciente através da escarificação das regiões de interesse. Após isso posicione seus eletrodos e o fone de inserção, com a eartip devidamente adaptada.


cVEMP:

Para realizar o cVemp, é necessário que o paciente esteja sentado e faça rotação lateral máxima com a cabeça para o lado oposto ao da orelha estimulada, com a finalidade de captar a resposta inibitória da contração muscular.


Montagem cVEMP Neuro-Audio

oVEMP:

Posição superomedial do olhar, o paciente deve manter o olhar para cima, sem movimentar a cabeça.



Montagem oVEMP Neuro-Audio

Análise do VEMP


A análise clínica do VEMP, realizada por profissionais especializados, é essencial para interpretar os resultados e fornecer um diagnóstico adequado ao paciente.


Além de observar a amplitude e as latências que as ondas se apresentam, é importante verificar a repetibilidades delas.


A diferença interaural das latências está associada à velocidade de condução neuronal, esta assimetria pode ser reflexo de doenças neorológicas.


Já a amplitude está relacionada a grandeza do reflexo muscular, que pode variar de acordo com o tônus muscular do paciente. Para isso, é utilizado o Índice de Assimetria, este índice compreende a assimetria interaural da amplitude das ondas.

Índice de Assimetria VEMP

Valores de Normalidade:


Comparando:

Comparando cVEMP x oVEMP

Neuro-Audio e o VEMP:

  • 2 canais de amplificação, permitindo realizar montagem para lado direito e esquerdo

  • Personalização de protocolos

  • Realiza VEMP cervical, ocular e galvânico

  • Cálculo de Índice de Assimetria automático

  • Todos os tipos de estímulo liberados: Clique, Tone Burst, Chirp, Frequência Específica e Chirp-LS

  • Marcadores personalizáveis


Referências:

1. Manual de Eletrofisiologia e Eletroacústica - Um guia para clínicos - 1ª Edição/2022

2. Pós Graduação em Eletroacústica e Eletrofisiologia - Aula Online VEMP - Professora Pricila Sleifer - Faculdade Inspirar

3. International Guidelines for the Clinical Application of Cervical Vestibular Evoked Myogenic Potentials: an expert consensus report




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