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Foto do escritorEdrin Vicente

O tratamento da depressão refratária a 1 ou mais medicamentos com Estimulação Magnética

Atualizado: 12 de dez. de 2022

Está associado a menor taxa de relapso



Talvez os excessos no uso de medicação antidepressiva estejam tornando a depressão uma doença mais recorrente. Essa possibilidade é admitida por uma autoridade na área, Harold Sackheim, cujo texto serviu de base para esse vídeo. O tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana, por outro lado, tem incidência de relapso, para pacientes mais refratários, semelhante à de pacientes "virgens de tratamento". Há "certas tristezas" que amadurecem, que ensinam o sujeito a regular suas emoções, e é possível que antidepressivos suprimam parte desse aprendizado. Já a EMT faz uso justamente dos mecanismos celulares de aprendizado e memória para potencializar a modulação do afeto. O editorial de Sackheim foi motivado pela publicação de trabalho de Philip que estudou se a manutenção com 1 sessão mensal de TMS era superior à simples observação em uma população de 49 pacientes mantidos sem medicação alguma.



Acompanhamento por 12 meses sem medicação após tratamento de depressão com EMT


35 a 39% dos pacientes não precisaram de novos tratamentos. Entre os que precisaram, 63 a 78% responderam novamente. Dessa maneira, foi possível atingir controle em 76 a 87% de todos pacientes que haviam respondido.


No vídeo, para comparação com o Star-D, escolhemos outro estudo de acompanhamento de longo prazo (Dunner DL 2014 e Carpenter LL 2012), com maior número de pacientes (307 na fase aguda e 257 na fase de manutenção) e que usava uma população mais parecida com a que se vê na prática clínica (dando liberdade ao médico para manter ou não medicações antidepressivas como adjuvantes).


Acompanhamento por 12 meses após tratamento de depressão com EMT por 6 semanas


Dados de estudo de Carpenter 2012 e Dunner 2014. Para pacientes sem resposta a uma média de 2.6 medicamentos antidepressivos prévios em dose adequada, a eficácia de curto e longo prazo da EMT foi semelhante à que se vê em pacientes virgens de tratamento e com nível muito mais baixo de efeitos adversos.




Referências:


  1. Sackeim HA. Acute Continuation and Maintenance Treatment of Major Depressive Episodes With Transcranial Magnetic Stimulation. Brain Stimul. 2016 May-Jun;9(3):313-319

  2. Dunner DL, Aaronson ST, Sackeim HA, Janicak PG, Carpenter LL, Boyadjis T, Brock DG, Bonneh-Barkay D, Cook IA, Lanocha K, Solvason HB, Demitrack MA. A multisite, naturalistic, observational study of transcranial magnetic stimulation for patients with pharmacoresistant major depressive disorder: durability of benefit over a 1-year follow-up period.J Clin Psychiatry. 2014 Dec

  3. Carpenter LL, Demitrack MA. Transcranial magnetic stimulation (TMS) for major depression: a multisite, naturalistic, observational study of acute treatment outcomes in clinical practice. Depress Anxiety. 2012 Jul

  4. Philip NS, Dunner DL, Dowd SM, Aaronson ST, Brock DG, Carpenter LL, Demitrack MA, Hovav S, Janicak PG, George MS. Can Medication Free, Treatment-Resistant, Depressed Patients Who Initially Respond to TMS Be Maintained Off Medications? A Prospective, 12-Month Multisite Randomized Pilot Study. Brain Stimul. 2016






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