A resolução CFM 2136 de 2015 regula não só o procedimento de monitorização intra-operatória como estabelece normas para o relatório. Nessa página pretendemos apenas fazer alguns comentários e sugerir um layout de relatório. Não deixem de consultar a resolução CFM, disponível nesse link.
O relatório da monitorização intra-operatória, além de um importante documento, também divulga aos cirurgiões a sua prática e o valor e limites da sua especialidade, mas essa "dupla finalidade", como me aconselhou o colega pioneiro da monitorização no Brasil, Dr. Ricardo Ferreira, não nos pode deixar de lembrar que o papel fundamental do laudo é servir de documento
Muito do que cabe como divulgação de sua prática e especialidade, ao conversar pessoalmente com o cirurgião, pode ser mal entendido se incluído em um relatório que será lido também por leigos ou profissionais não familiarizados com os fundamentos da neurofisiologia intra-operatória.
Isso não significa que o laudo deve ser superficial, opaco ou esquivo. O neurofisiologista, além de contribuir com a orientação da técnica cirúrgica, também divide responsabilidade médica com o cirurgião e o anestesista. Se ele não souber comunicar ao cirurgião o valor de sua especialidade, levando a mudança no plano cirúrgico, quando necessário, em nada irá contribuir para os resultados.
Imagino que os colegas que atuam em monitorização procurem aprimorar o formato de seus relatórios. Respeitando as ressalvas acima, espero que essa sugestão de modelo de laudo que disponibilizo em formato editável (documento word) lhes seja útil.
O modelo talvez seja visto como "prolixo", pois a idéia é que cada colega edite e remova o que julgar desnecessário. Sugeri uma estrutura com 6 tópicos (técnica, regime anestésico, respostas basais, eventos, solicitação de mapeamento e respostas finais), seguida de uma descrição da montagem com miótomos e de telas ilustrativas.
Agradeço se puderem enviar sugestões ou comentários para edrin@kandel.com.br
O modelo de laudo inclui uma lista de pontos de captação e estimulação editáveis
Referências para os miótomos:
1: Arturo Leis, A; Schenk, Michael P (2013). Atlas of Nerve Conduction Studies and Electromyography. New York, NY. Oxford University Press.
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