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Foto do escritorEdrin Vicente

Levantamento de práticas de MNIO instrumentação pedicular

Em fevereiro de 2023 fizemos um levantamento, entre profissionais que atuam em monitorização neurofisiológica, com o objetivo de avaliar o quanto variam os métodos e parâmetros de alerta na investigação de quebras de pedículo durante procedimentos em coluna torácica e lombossacral. Obtivemos 32 respostas. Abaixo seguem os resultados.


Caso queira responder, use esse link. À medida em que tivermos mais respondedores atualizaremos os resultados.


O objetivo do levantamento é, junto do recurso especial para teste de pedículos que desenvolvemos, contribuir para melhor documentar os achados, facilitar a testagem com múltiplas modalidades e parâmetros, melhorar a comunicação e colaboração com a equipe cirúrgica e uniformizar a prática com base em consenso sobre a melhor evidência.

 

Procedimentos em coluna lombossacral


  1. Na MNIO durante a instrumentação de pedículos lombossacrais (L2-S1), tendo como base "Raynor e Lenke 2008", apenas uma entre as variadas recomendações da literatura, quais parâmetros adota na investigação de quebra de pedículos?

  • Na estimulação de parafuso, qual seu critério de alerta inicial para quebra pedicular lombossacral?

Prática com boa homogeneidade. Cerca de 1/3 usam exatamente a mesma carga usada por Lenke (8mA com 300µs, 10mA/200µs) e metade usam carga levemente inferior (8 a 10mA com 200µs).




  • Na estimulação de parafuso, quando tem resposta positiva na intensidade inicial, faz estimulação em outra intensidade e adota critério de alerta secundário?


88% (24/27) testam em outra intensidade para obter melhor especificidade.


A maior parte (14/27) adota alerta secundário entre 4 e 6mA.




  • Faz também estimulação de trajeto lombossacral?

Cerca de 1/3 (9/30) não estimulam trajeto lombossacral

Entre os que fazem estimulação de trajeto, 1/3 adota o mesmo critério de Troni (2.6mA)

Procedimentos em coluna torácica


A estimulação de parafuso ou trajeto com trem multipulso, por fatores como "tomar tempo adicional do cirurgião", "provocar contração mais vigorosa em projeção radicular" ou mesmo questionamentos sobre seus níveis de alerta e especifidade não tem sido adotada de forma unânime.


Entre 30 respostas válidas, apenas 1 profissional não faz estimulação multipulso em coluna torácica e 1 faz em parte das cirurgias. Todos os demais responderam que adotam trem multipulso em todas cirurgias.


  • Quanto à estimulação de trajeto torácico


A maioria consegue fazer estimulação multipulso de trajeto em todas cirurgias

Todos adotam alerta na faixa que Calancie recomenda como de melhor especificidade (10mA) a melhor sensibilidade (15mA)


3/4 (18/24) testam em outra intensidade em busca de melhorar a especificidade
  • Quando à estimulação de parafusos torácicos


Cerca de 2/3 adotam valores na faixa que Calancie recomenda para melhor especificidade (21mA, sensibilidade 58%) e maior sensibilidade (29mA, 67%)
  • Critérios adicionais no nível torácico

A) Investiga resposta medular a pulso único?

89% (25/29) não investigam. Calancie sugere ajustar os critérios de alerta para baixo quando há resposta a pulso único, por interpretar essa resposta como sinal de hiperexcitabilidade medular.

B) Compara limiar de trajeto e parafuso?

61% (17/28) comparam. Calancie interpreta o achado de limiar de parafuso abaixo do trajeto como sinal de que a passagem do parafuso provocou quebra.

C) Registra resposta radicular em nível torácico?

73% (19/26) não registram. Calancie não recomenda interpretar respostas radiculares como sinal de quebra de pedículo, por sua relação sensibilidade/especificidade ser muito imprecisa, porém como a contração das respostas radiculares é visível ao cirurgião, muitos preferem registrar para demonstrar ciência, mesmo que não dêem alerta.


  • Captações adotadas em procedimentos lombossacrais



  • Captações adotadas em procedimentos torácicos



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